29 outubro, 2007
A culpa
Sabe quando muitas mulheres falam "homem que de repente começa a tratar bem a esposa ou namorada, tem que desconfiar"? Pois é. Acho que essa história tem fundamento. Acho que é igual a pais separados que saem com seus filhos de 15 e 15 dias e só participam da "parte boa". Onde quero chegar? Quero chegar na CULPA. Quando, nós, sentimos culpa, costumamos a tratar bem as pessoas com a qual "mancamos", não é verdade? Muitos pais divorciados, por exemplo, sentem culpa de não estarem perto dos filhos (o mesmo acontece com mães que trabalham fora) e quando encontram, dão presentes, saem pra fazer coisas divertidas, isso é, tentam "encobrir" a culpa. O mais engraçado é que tive muitos amigos de pais divorciados e eles meio que se aproveitavam do "sentimento de culpa" dos pais para conseguirem o que queriam. O pior é que depois do trauma, da mancada seguida de culpa, passamos a reagir de um jeito que invariavelmente não é a saída mais saudável ou correta a longo prazo. Isso porque, sempre procuramos a saída mais confortável, mais fácil e que geralmente resolve a curto prazo. A verdade é que fazer as coisas direito, participar, realmente querer ajudar alguém (quantas pessoas você conhece que oferecem ajuda, mas você sabe muito bem que elas não querem ajudar? Quem quer ajudar não pergunta, age) ou querer ouvir seus problemas e "estar lá" requer tempo e participação ativa. A saída mais fácil, então, geralmente é agradar, mas isso não é o suficiente e nem a solução, infelizmente. A história da plantinha que tem que ser regada todos os dias parece uma metáfora banal, mas é muito significativa. Não adianta ir um dia lá e alagar a coitada. Pode ser tarde demais porque quanto mais adiamos ou seguimos pelo "caminho errado" mais difícl é remediar, mais preguiçosos e impacientes ficamos.
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